Com
a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para
a compra de moeda estrangeira em cartões
pré-pagos e pagamentos no exterior com cartões de
débito, a compra de papel-moeda tornou-se mais barata para quem vai viajar.
No
entanto, os meios de pagamento plásticos continuam com uma série de vantagens,
como segurança e praticidade.
Assim,
especialistas recomendam que os viajantes adotem mais de uma forma de fazer
pagamentos no exterior, priorizando os meios que mais lhes tragam
vantagens.
É
possível inclusive negociar a taxa de câmbio do cartão pré-pago na hora da
compra da moeda estrangeira, de modo que o peso do imposto seja reduzido.
“A
diferença entre o preço da moeda no cartão pré-pago e do papel-moeda tem sido
de 5%, pois damos 1% de desconto na taxa de câmbio para quem compra no
pré-pago”, diz Alexandre Fialho, diretor da corretora de câmbio Cotação.
Veja
a seguir quais são os prós, os contras e as indicações de cada meio de
pagamento (dinheiro em espécie, cartão pré-pago, cartão de
crédito internacional e cartão de
débito internacional) na hora de definir como você
vai gastar dólares, euros, libras
ou qualquer outra moeda estrangeira:
Dinheiro em espécie
Vantagens:
tem o IOF mais barato, de apenas 0,38%, saindo mais em conta para o comprador.
Permite o planejamento financeiro da viagem,
pois o viajante já sabe quanto vai gastar antes de viajar, uma vez que fixa uma
taxa de câmbio na compra.
Desvantagens:
segurança. Se o dinheiro for perdido, roubado ou furtado não há como
recuperá-lo. É particularmente inseguro se o viajante precisar carregar grandes
quantidades de dinheiro, para uma viagem longa, por exemplo. Não possibilita
compras pela internet.
É
mais indicado para: quem quer economizar e quem vai fazer viagens curtas. Bom
para fazer o planejamento financeiro da viagem.
Cartão pré-pago
Vantagens:
já há cartões disponíveis para diversas moedas do mundo, como iene, peso
argentino, dólar australiano, dólar neozelandês e rand, além das tradicionais
dólar, euro e libra. Também existem cartões multimoedas, que permitem levar
várias moedas para viajar por diferentes países.
É
prático, pois pode ser usado como cartão de débito, possibilita saques em moeda
estrangeira (sempre em moeda local, ainda que carregado em outra moeda), pode
ser recarregado pela internet, permite o acompanhamento do extrato online, pode
possibilitar compras pela internet e pode ser reposto em até 72 horas em caso
de roubo, perda ou furto, sem perda dos valores carregados.
Também
permite o planejamento financeiro da viagem, pois o viajante já sabe quanto vai
gastar antes de viajar, uma vez que fixa uma taxa de câmbio na compra.
Desvantagens:
o IOF é de 6,38%, sendo mais caro que a compra de dinheiro vivo, mas algumas
corretoras de câmbio dão desconto na taxa de câmbio para quem adquire o
produto, reduzindo a diferença em relação ao papel-moeda.
Há
cobrança de taxa para saques no exterior na moeda local e pode ser cobrada taxa
de inatividade, pelo período em que o cartão não estiver sendo utilizado.
Se
não houver cartão pré-pago para a moeda do seu país de destino, pode ser
desvantajoso comprar dólares e fazer a conversão duas vezes (a menos que o país
de destino também aceite dólares, como é o caso da Argentina).
É
mais indicado para: quem prioriza segurança, quem vai fazer viagens longas
(como intercâmbios), para quem vai bancar os gastos dos filhos no exterior
(pois é possível acompanhar o extrato e fazer recargas regulares). Bom para
fazer o planejamento financeiro da viagem.
Cartão de crédito internacional
Vantagens:
o viajante pode se aproveitar de uma desvalorização na moeda estrangeira que
tenha ocorrido até a data de pagamento da fatura. Possibilita ao viajante fazer
reservas de hotéis, pousadas e aluguel de carros, além de compras pela
internet.
É
seguro, podendo ser cancelado em caso de perda, roubo ou furto. A taxa de câmbio
oferecida pelo banco pode ser mais vantajosa do que a dos cartões pré-pagos.
Desvantagens:
o IOF é de 6,38%, sendo mais caro que a compra de dinheiro vivo, mas o seu
banco pode fazer uma taxa de câmbio vantajosa, que reduz a diferença em relação
ao papel-moeda. A reposição em caso de perda, roubo ou furto também pode ser
demorada, e o limite para gastos internacionais pode ser baixo.
O
maior problema do cartão de crédito é o longo período entre a data da compra e
o vencimento da fatura. Uma eventual alta da moeda estrangeira pode causar
grande impacto negativo no bolso do viajante, que pode acabar gastando mais do
que planejava inicialmente na viagem.
É
mais indicado para: fazer reservas de hotéis e pousadas, reservar carros para
locação ou emergências e imprevistos.
Cartão de débito internacional
Vantagens:
o viajante pode se aproveitar de uma eventual desvalorização da moeda
estrangeira entre a data de saída do Brasil e a data da sua compra no exterior.
Nesse sentido, é menos arriscado que o cartão de crédito, uma vez que o
viajante sabe que pagará o câmbio do dia da transação, e não um câmbio futuro,
que desconhece.
Também
permite fazer comparações com o câmbio que foi pago para a compra de moeda
estrangeira antes de viajar, para saber se a compra no débito será mais ou
menos vantajosa.
O
cartão de débito ainda oferece a segurança de poder ser cancelado em caso de
perda, roubo ou furto, e alguns bancos podem oferecer uma taxa de câmbio mais
vantajosa para o cliente em relação ao câmbio dos cartões pré-pagos.
Desvantagens:
o IOF é de 6,38%, sendo mais caro que a compra de dinheiro vivo, mas o seu
banco pode fazer uma taxa de câmbio vantajosa, que reduz a diferença em relação
ao papel-moeda.
A
reposição em caso de perda, roubo ou furto também pode ser demorada, e o
transtorno pode ser bem maior do que se fosse um cartão de crédito ou pré-pago,
por se tratar do cartão usado no dia a dia no Brasil.
Além
disso, nem todo banco oferece a modalidade, que pode também ser restrita a
certos tipos de cliente e ter limite baixo para saques e pagamentos. A taxa
para saque em moeda internacional pode ser bem cara, superando a taxa de saque
do cartão pré-pago.
Finalmente,
o cartão de débito não permite que o viajante já saia do Brasil sabendo
exatamente quanto vai gastar na viagem.
É
indicado para: emergências e imprevistos.
Fonte: Revista exame
Nenhum comentário:
Postar um comentário