quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Salvador- Bahia

  
Chegou o dia e lá fui eu conhecer Salvador-Bahia, conhecida pelo carnaval e pela mistura de raças, culturas e credos, a primeira capital do Brasil reúne o presente e o passado em perfeita harmonia, levando-se em conta a divisão da cidade em Alta e Baixa, fica fácil mapeá-la e conhecer os atrativos escancarados em cada esquina. 

Como todo mochileiro comecei minha pesquisa por pontos turísticos e por opções mais baratas de passeios e hospedagem bem antes de chegar por lá, e logo de cara esbarrei no valor do translado do aeroporto até a barra, bairro onde ficamos hospedados, uma boa dica aqui é tentar conseguir um transporte alternativo, não é difícil mas se não conseguir vai ter que ir de taxi, existe linhas de ônibus do aeroporto para os principais bairros e dependendo de onde ficar hospedado também existe agencias de transporte particular que fazem o transporte direto para o hostel ou hotel


As primeiras horas em Salvador foi tranquila, chegamos no hostel, dessa vez ficamos no Che Lagarto que por sinal muito bem localizado e com um ótimo custo benefício, a dica dos primeiros momentos em hostel já é conhecida dos leitores do Mochileiros Viajando, ou seja, tentar extrair o máximo de informações possíveis dos recepcionistas, isso sempre funciona, e assim fizemos, fomos indicado a conhecer uns bares que ficam ali mesmo no passeio da barra, bares legais, alternativos e com boa comida e boa música, ambiente agradável, como tínhamos acabado de chegar em Salvador só fizemos isso, jantamos, bebemos, conversamos com os garçons e voltamos para o hostel, a tempo de ter uma boa noite  de sonho, o dia seguinte era bastante esperado.

No segundo dia fomos até a recepção, pegamos um mapa e rua, como o hostel fica na avenida beira mar da barra, de cara já deu para conhecer o cristo, e o famoso farol da barra, tempo para umas fotos apreciar a paisagem e de tomar alguns cuidados; quando for para Salvador é preciso tomar alguns cuidados: ande sempre com dinheiro trocado, não de muita conversa para ambulantes em pontos turísticos e mantenha seus pertences sempre bem guardados.

Do farol da barra saímos caminhando pelo calçadão até chegar no ponto limite, uma caminhada de uns 20 minutos, ali mesmo existe um ponto de ônibus que passa ônibus direto para o elevador Lacerda e pelourinho, e foi para lá que fomos , ônibus bem tranquilo e rápido,quando chegamos no do ponto final do ônibus já da para avistar o famoso elevador, a dica é primeiro fazer o  colorido Pelourinho, para na volta pegar o elevador e descer para o mercado modelo, o pelourinho é o famoso bairro histórico e tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, em suas ruas e vielas estão centenas de casarões dos séculos 17 e 18 que abrigam de museus a terreiros de candomblé, além de templos católicos que atraem estudiosos do mundo todo é o caso da igreja de São Francisco, considerada a obra barroca mais rica do país, além disso também não perca  a oportunidade de ir até a escola do olodum que fica bem pertinho do largo do pelourinho, tudo muito fácil de encontrar .


Depois do pelourinho e elevador Lacerda é chegada a hora de fazer compras, a dica é aproveitar o mercado modelo que além de fazer parte do passeio tem atrativos e preços bem interessantes, nossa primeira para apreciar a comida baiana foi ali mesmo no mercado modelo, na parte superior existe um sobrado de arquitetura elegante e histórica, com duas opções de restaurante e uma magnifica vista para Bahia de todos os santos, lindo, um belo lugar e uma boa comida, só faltava uma rede, mas nosso dia ainda não tinha acabado decidimos conhecer mais um ponto importante em Salvador, a igreja do Bomfim, que fica um pouco afastada do mercado modelo, mas também não é difícil de chegar, são inúmeras as opções de transporte, de frente ao mercado modelo e ao elevador Lacerda, tem uma enorme parada de transporte público, e foi lá que conseguimos uma van que nos levou até a famosa igreja, muito fácil, depois de muitas fotos e algum tempo para apreciar a conhecida igreja banhada a ouro, decidimos volta para hostel e descansar um pouco, a noite prometia.


A noite em salvador é bastante badalada e com tantos atrativos decidimos conhecer o bairro de rio vermelho que além de reúnir as baianas e os acarajés mais famosos da cidade, conta com uma grande diversidade de bares e casas noturnas.

Uma dica imperdível é o pôr do sol no farol da barra não deixe de conferir.






terça-feira, 14 de julho de 2015

Onde ficar e como ficar.






Alguns mochileiros preocupam-se com hospedagem antes mesmo de começar a fecha seus roteiros, outros não, eu sempre penso em hospedagem como um dos pontos mais importante de qualquer viagem, procuro fica perto das facilidades e longe das badalações, minha dica gira entorno de alguns preceitos quase que religiosos e isso sempre funciona comigo, uma boa hospedagem é como o pão com manteiga no café da manhã e pensando assim, segue coisas básicas a se fazer quando tiver pensando onde vai se hospedar na sua próxima viagem.

O albergue é a carta na manga do viajante de mochilão, saber como escolher um albergue é questão de sobrevivência e pode tornar a sua viagem inesquecível… ou não! por outro lado existem viajantes que preferem hotéis, não é uma má opção, mas devemos lembra que isso deve ser decidido muito antes de se pensar em que tipo de viagem você está pretendendo fazer, mas se você ainda não sabe em que tipo de hospedagem vai ficar, aconselho leva em consideração alguns serviços que podem ou não estarem inclusos na hora da reserva: Café da manhã, cofre, estacionamento, lavanderia, internet, etc. Veja o que é essencial para você e certifique-se que estar tudo certo e que não haverá surpresas, alguns albergues oferecem serviços extras, como transporte até o aeroporto, cozinha, bar, área de entretenimento, passeios, entre outros, tudo isso é muito legal se for bem planejado,
Use a internet para saber o local exato da hospedagem, dessa forma ficará sabendo com antecedência dos locais de fácil e rápido acesso sem que precise utilizar do serviço de taxi ou de qualquer outro meio de transporte, essa atitude tem impacto direto no seu orçamento e é muito útil na vida de um mochileiro.

Em Buenos Aires fiquei quase em frente ao famoso ponto turístico obelisco, decidimos pelo Grand Hotel Argentino porque os preços eram similares aos dos hostels da região e optamos por ter um pouco mais de conforto, ficamos em um quarto com três camas, com cofre, café da manhã, internet wi-fi, serviço de quarto e um pouco mais, na região do obelisco se encontra de tudo um pouco, uma pequena caminhada de deixa próximo dos principais pontos turísticos de Buenos aires, nesse quesito a economia foi bem significativa, portanto procure sempre se hospedar próximo a restaurantes, supermercados, farmácias, teatros, lanchonete, sem esquecer da segurança, geralmente lugares de fácil acesso tendem a ser mais seguros.


O serviço do Grand Hotel Argentino é nota 8, os recepcionistas são mal humorados, a internet wi-fi tem limite ao café da manhã e tem disponibilidade apenas de 30 minutos.

Em La paz optamos pelo hostel Pirwa, este é muitíssimo bem localizado e fica a pouco menos de 1km dos principais e relevantes pontos turísticos da cidade, incluído a famosa e badalada calle de las bruxas, la encontra-se inúmeras agências para compra de passeios turísticos e lojas para realização de cambio, por lá também existe diversas lojas para presentes e restaurantes com comida local.

O serviço do Pirwa é nota 10, o bar funcionar religiosamente, os funcionários são atenciosos e os quartos são limpos diariamente, também gostei da segurança e da comodidade e dos serviços de internet e de café da manhã.




Nos passeios que incluem hospedagem como é o caso do Huayna Potosi e Salar de Uyuni, ambos com três dias de duração, o importante é escolher uma boa agência e fecha com a que melhor atender seus requisitos.


Em Buíque (Parque nacional do vale do catimbau) a principal dica é não se hospedar em Buíque, a cidade fica a uma distância relevante do parque e a estrada de acesso é muito ruim, se tiver chovendo nem pensar, portanto hospedasse dentro do parque eu me hospedei na pousada catimbau, é a única dentro do parque e dividi seus visitantes apenas com o camping paraíso selvagem que também é uma boa opção, a pousada é uma casa bem simples e fica do lado a associação onde compra pacotes com passeios, e se hospedando por lá não será necessário fazer o trajeto de ida e volta entre o vale do catimbau e a cidade Buíque todos os dias, a depende dos dias que pretender passar no parque.

O serviço da pousada catimbau é nota 9 a comida é boa a dona é bem atenciosa, mas não tem internet nem aceita cartão.





No Rio de janeiro optamos pelo hotel Pura Vida, esse hostel fica em Copacabana, na altura do Posto 5, a casa fica no início da ladeira Saint Roman (2ª casa a direita), praticamente na esquina com a Rua Sá Ferreira e perto da Av. Nossa Sra de Copacabana onde passam as principais linhas de ônibus da cidade. A Estação de Metrô General Osório (pela saída da Rua Sá Ferreira) está a cerca de 5 minutos (200m) do Pura Vida Hostel e facilitará seu transporte para lugares importantes do Rio como o Centro da Cidade e o Maracanã.

Localização Privilegiada
Com muitas opções de lazer, vida noturna, cultura, comércio, alimentação e transporte, Copacabana e Ipanema são com certeza lugares dos mais badalados e tradicionais da cidade.
Além disso, estamos a alguns passos de 3 das mais importantes praias do Rio de Janeiro.

Praia de Copacabana
Pertinho da tradicional “Princesinha do Mar”,somente 1 quadra ou 2 minutinhos de caminhada (cerca de 100m), nos separam da mais famosa do mundo, a Praia de Copacabana.


Praia do Arpoador


Famoso pelo seu pôr do sol de cair o queixo, ondas de ótima qualidade (com iluminação para surf noturno) e agora com a estátua do maestro Tom Jobim, o “Arpex” é parada obrigatória e fica somente a 10 ou 15 minutinhos de caminhada do nosso hostel. Dica: Passar na Praia do Diabo (pequena faixa de areia entre o Arpoador e o Forte de Copacabana).



Praia de Ipanema


A Praia de Ipanema é ao lado da Praia do Arpoador. Conhecida como reduto da bossa-nova e fonte de inspiração para as canções como“Garota de Ipanema”, a praia também é referência em moda-praia no mundo inteiro. Pelas suas areias e ao redor dos famosos Postos 9 e 10 desfilam os corpos mais bonitos do Rio.

O serviço do Pura vida é nota 10, recepcionistas atenciosos, bar funciona bem e muito bem localizado.





Em bonito optamos pelo Camping do magico que fica localizado nas Margem da PE 103 (Km 18) Zona rural s/n aproximadamente a 18 km do município de Bonito (PE) e conta com toda estrutura para camping, além de restaurante e serviços de esportes radicais. As bicas e cachoeiras são algumas das maravilhas proporcionadas pelo lugar, que é realmente mágico.

O serviço do Campingdo Magico é nota 10 , alimentação de boa qualidade, estacionamento e segurança.

Aracaju


Em Aracaju optamos pelo Alto da Praia Hotel, localizado em um local privilegiado da praia de Atalaia, o empreendimento fica próximo de tudo: Aeroporto, Shopping e os polos gastronômicos e culturais da cidade, a pouco metros dos mais badalados bares não precisa nem gastar grana com taxi, ficamos em quarto com quatro camas e mais uma vez os valores superaram os de um hostel, muito bom.
O serviço do Alto da praia é nota 8, o café da manhã é ótimo, a limpeza dos quartos é excelente, mas a piscina é bem pequena e os recepcionistas não sabem da informação.

Salvador

Che Lagarto, que por sinal muito bem localizado e um ótimo custo benefício, fica perto dos principais pontos turisticos: Cristo, Farol da barra, Shopping Barra, supemercado e principais paradas de onibus para ostyros bairros
O serviço do Che largatoa é nota 7, o café da manhã é ótimo, a limpeza dos quartos boa.
Chile
No deserto do Atacama ficamos em um hostel que fica em frente a biblioteca da cidade, é um hostel indígena e não é difícil de encontra, o serviço é bom e o clima é bem familiar, limpo e bem localizado nota 10. ( desculpem por te esquecido o nome do hostel, mas depois da biblioteca ele fica de frente a uma pequena mercearia)





Em Santiago optamos pelo Landay Hostel que é um belo castelo restaurado, ele está localizado a no centro histórico de Santiago, exatamente no Bairro Brasil, uma área típica ou cênica, onde pode encontrar a história da sociedade da capital, sua cultura e sua arquitetura neo-gótica, o bairro Brasil é um reflexo de arte, e música, um bairro boêmio, o hostel também está a poucos passos do centro da cidade, onde você pode encontrar de tudo e ir em todos os lugares. A estação de metrô mais próxima fica a 5 minutos a pé e você pode viajar quase toda a cidade utilizando o metrô.
O serviço é nota 8 devido à internet wi-fi ser um pouco ruim, a limpeza é boa, o bar funciona +/-, e o serviço de informações é bom




Os acampamentos que são administrados pelo governo merecem nota 8 por terem instalações medianas e horário de fechamento dos banheiros.

Os acampamentos gratuitos merecem nota 7 pela higiene das instalações .

Os acampamentos administrados pelo fantástico sur merecem nota 10, mas são bem mais caros.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

La Paz - Bolívia

Quando chegamos em La paz o impacto foi grande, o aeroporto é pequeno e estranho, mas tudo bem, cambiamos algum dinheiro ali mesmo e fomos em direção ao ponto de taxi que também não é difícil de encontra, em La paz os taxis não tem taxímetro e não é difícil negociar um melhor preço com o motorista, pagamos um preço bem razoável, pois decidimos sair do aeroporto e seguir em direção ao teleférico da linha vermelha que fica a menos de 10 minutos do local, esse teleférico faz a ligação entre a cidade  de El Alto e a capital La paz, essa foi uma ótima escolha, pois além de economizar com o taxi não precisaríamos volta ao teleférico em outra oportunidade, e assim dedicaríamos esse tempo para outro passeio. A estação final do teleférico vermelho fica bem perto de tudo e de lá é bem fácil chegar no centro, em nosso caso no hostel que ficava a menos de 15 minutos do local, esse momento já dá pra sentir um pouco da altitude da cidade mais alta do mundo.
                                                             MIRADOR TITANIC

Depois de caminhar uns 15 minutos chegamos a ao hostel, guardamos nossas coisas, e rua; afinal de contas não podemos perde tempo com nada, decidimos comer e conhecer um pouco da capital boliviana, fomos caminhando até a calle de las bruxas e lá encontramos tudo que precisávamos, comida, cambio , passeios, compras e ladeiras, pois é, “ladeiras” em La paz as ladeiras são inimigas, não é fácil caminha na altitude e subir ladeira é terrível, mas sobrevivi, nesse primeiro contato com a cultura local resolvemos comer a famosa carne de ilhama  e o prato é muito bem servido dá pra dois, quanto ao sabor não sei explicar, é uma espécie de gostoso com dúvida no final, mas no meu caso prevaleceu a fome, comparado esse prato com outro tipo de alimentação de La paz, esse prato é bem caro, mas acredito que a satisfação é o choque de cultura faz valer apena o esforço, aproveite a região da calle de las bruxas para resolver todos os meu problemas, no primeiro dia eu já troquei bastante dinheiro, fechei todos os passeio, comprei umas lembranças e aproveitei pra me ambientar, observei os restaurantes, os bares e o povo que é uma graça, me senti seguro em La paz , o povo é acolhedor e simpático e as informações são bem encontradas.


O objetivo da viagem era chega a La paz colocar as malas no hostel e sair pra fechar os passeios, de fato isso aconteceu, mas não nessa ordem, quando comecei pesquisar  as passagens para La paz, percebi que os preços estavam elevados, então resolvi fazer um percurso alternativo e ficou mais ou menos assim Maceió/São Paulo/ Santiago /La Paz, na tentativa de economizar uma grana isso deu certo, pois consegui fazer uma economia de 50% sem perde nem um dia  da programação, chegamos um dia antes em Santiago, dormimos no aeroporto e partimos pela manhã para La paz.

Sobre o câmbio:
Nas proximidades da famosa Calle de La Brujas você vai poder encontrar diversas oportunidades de cambio, sem medo e sem frescura, essa região é repleta de lojas, restaurantes e agências, ou seja, tudo se faz por lá, também tive a sorte de escolher um bom hostel , optei pelo Pirwa, que além de ficar perto de tudo oferece um serviço excelente, e assim se foi meu primeiro dia em La Paz .
Dia 2

Partimos para o primeiro passeio, Monte Chacaltaya e Valle de La Luna, e por sinal, que passeio! Fiquei louco com as emoções do Chacaltaya e ao mesmo tempo feliz pelo contato com a neve, nesse passeio fizemos amizades com um grupo que estava no ônibus, quase todos brasileiros, isso foi fantástico, a dica na hora de fazer o Chacaltaya é levar uma mochila com água, bala de coca e agasalho, já que nem sempre sabemos a real situação do tempo no pico, lembre-se que depois de lá a agência leva você direto para o Valle de la Luna, esse passeio é fechado junto e isso te ajuda a economizar uma grana. Na hora de contratar a agência tente fechar o maior número de passeios possíveis, garanto que isso vai te proporcionar um desconto legal.
Esse passeio não inclui almoço e temos a opção de comer no intervalo de um passeio e outro ou só no final dos dois que ocorre lá pelas 16:00h, o legal foi que todos os passageiros brasileiros decidiram comer juntos e assim, conversamos nos conhecemos e trocamos experiências.

Dia 3 
Fizemos a tão esperada Estrada da Morte, \o/, adrenalina é a palavra que descreve bem esse passeio,
Dia 4 fizemos uma alteração no roteiro sabíamos que não daria para fazer a subida do vulcão Villarrica no Chile, pois o mesmo havia entrado em erupção e a área estava isolada, sendo assim optamos por subir o famoso Huayna Potosí e substituiríamos os três dias destinados ao vulcão.

Dia 7 
Terminamos a expedição no Huayna Potosí e começamos a nos preparar para deixar fantástica La Paz, seguir o roteiro para o Salar de Uyuni, e assim fizemos, fomos para Uyuni.

Depois de fantásticos três dias dentro do Salar de Uyubi, cruzamos a fronteira entre Bolívia e Chile para conhecer o tão sonhado Deserto do Atacama, no total foram dez dias na Bolívia, e a principal dica dessa experiência é que devemos estar preparados para todo tipo de adversidade e situação, os roteiros devem ser flexíveis e o plano B deve andar juntinho com o plano A.



sábado, 4 de julho de 2015

Chacaltaya - Bolívia


 Ainda na aclimatação com a altitude fomos tentados a subir a 5300 metros de altura, pois é verdade acredite, quando chegamos em La paz e procuramos as agências de turismo o primeiro passeio recomendado foi o do monte Chacaltaya, claro que já estamos em La paz por mais de 24 horas isso é muito importante devido o conhecido mal da montanha que nada mais é que , tonturas, dores na cabeça e no estomago, a constante dificuldade para respirar e claro a moleza no corpo, tudo isso é causado pelo soroche e eu sei bem como são esses sintomas, passei por eles quando fiz a estrada da morte e essa publicação vocês vão poder conferir mais na frente, não ignorando a altitude e se preparando como deve não haverá problema algum.

O monte Chacaltaya é muito bonito e pra mim teve um gostinho mais especial, pois era a primeira vez que ia ter contato com a neve e claro a uma altitude que pouco conseguem subir, o bom de se fazer o monte Chacaltaya e que talvez você nunca mais irá subir a uma altitude tão relevante quanto essa, é que o micro ônibus que nos leva até a estação de esqui que hoje é desativada, faz todo o trajeto e praticamente só precisamos subir a pé os últimos 200 metros , mas não pense que essa tarefa é fácil, temos apenas uma hora pra fazer esse trajeto de ida e volta e ainda apreciar as belas paisagens.

 A chegada no chacaltaya é cheia de adrenalina, o caminho que antecede a famosa e mais alta estação de esqui do mundo é cheio de cascalho de ferro, mineral comum na região e todo composto de um abismo que é de tirar o folego quando apreciado da janela do micro ônibus, esse passeio começa por volta das 8:00 da manhã e termina lá pelo meio dia, a dica é quando for compra o passeio compra também o valle de la luna, daí você já faz dois passeios em um único dia e não precisara perde mais tempo nem dinheiro com um passeio que poderia ser feito junto, pra chegar até o pico do Chacaltaya recomendo leva lanche, chocolate, agua, agasalhos e luvas, lembre-se que o básico pra se mante em altitude na região é sempre ter por perto folha de coca ou sorojchi pills, um remédio vendido em La paz para diminuir o mal da montanha ou soroche, como é conhecido por lá.

 É importante escolher uma boa época para visitar o monte, a depender da data vai ter neve ou não, eu tive a sorte de ir em março tinha muita neve e quando cheguei no pico estava nevando, dizem que em março chove muito por lá, mas a chuva não atrapalhou nossos planos e sai de lá feliz e cansado, no retorno a base da estação, lembre-se de entra na cabana para tirar foto dos quadros que registram a faze de ascensão da famosa estação de esqui, se por algum motivo estive um pouco tonto e quiser toma alguma coisa  lá também vende chá de coca por dois pesos boliviano cada um,  no meu grupo apenas duas pessoa passaram e dessa forma não alcançaram o topo, espero que aproveite sua viagem e se precisa pode pergunta aqui no blog que tirarei todas as suas dúvidas.

Valle de la luna - Bolívia

Esse passeio também foi muito especial, quando comecei a pesquisar o que fazer em Lá Paz ou na Bolívia acabei encontrando várias publicações como está e naturalmente acabei lendo muitas histórias sobre o vale de la luna, cada uma mais fantástica e inusitada que a outra, entre tantas histórias a mais famosa e conhecida do povo Boliviano são os boatos da  expedição do homem na lua, segundo os bolivianos a transmissão conhecida por todo o mundo é falso e forjado, o que se sabe por lá é que a famosa transmissão foi realizada neste local, quanto a veracidade dessa informação eu não sei, já sobre a beleza e a magia do local eu vou conta tudinho pra vocês.  


O passeio é bem simples, rápido, e pouco cansativo, a dica é compra esse passeio junto do charmoso Chacalthaya a economia é relevante e em um único dia dá para fazer os dois, um pela manhã, e o outro no horário da tarde, o Valle de La Luna (Vale da Lua em português) é um sitio arqueológico localizado ao sul de La paz que tem esse nome devido as formações rochosas aparentaram o solo da lua e realmente é muita beleza pra um lugar tão pequeno, existem duas trilas no local uma de 15 minutos que rela você de volta para a portaria  e  outra de 40 minutos que também leva a portaria de entrada ao parque, mas  essa faz o tour completo pelo parque, nesse passeio não existe sofrimento com a altitude, nessa região a altitude é mais baixa e o cansaço é bem menor.
Na entrada do parque existem banheiros, informações turísticas e uma pequena galeria com fotos do povo boliviano, é tudo bem simples, mas bem legal de se ver, vale apena fazer esse passeio.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Estrada da morte - Bolívia

Quando resolvi conhecer a Bolívia já sabia que não iria falta aventura, e entre tantas outra aventura que eu já postei aqui no mochileiros viajando, uma das mais gostosas e emocionante que fiz é a “estrada da morte” ou se preferia “a estrada mais perigosa do mundo”, uau! será mesmo? Bom, eu particularmente me senti no filme Jurassic Wold, para a aventura fica mais real só faltou aparecer os Pterossauros, voltando para realidade recomendo ler esse post, escolher a melhor opção para seu roteiro e curti essa lendária estrada. 


Adrenalina é a palavra que descreve bem esse passeio, quando vocês forem na agência eles irão te oferecer vários tipos de bike (bicicleta), cada uma com seu respectivo valor; eu peguei a mais barata, já que não achei necessário pagar tão caro por uma bicicleta melhor se basicamente não irei pedalar, a descida da estrada da morte dura entre 4:00h a 5:00 horas e nesse período você quase não utiliza os pedais, também aconselho levar uma mochila com basicamente as mesmas coisas que levou para o Chacaltaya e Valle de La Luna (Toalha, biscoito, agua, protetor solar, óculos e uma troca de roupa, o principal item é uma proteção para o rosto, um tipo de lenço que protege do frio, eu não levei e me ferrei) ao final do passeio está incluído almoço e banho de piscina em uma paisagem incrível, nesse local passamos umas duas horas e voltamos para o hotel, o passeio tem início as 8:00h e acaba por volta das 15:00h a depender a velocidade do grupo, durante todo o percurso o maior agravante encontrado é a altitude, que varia dos 4350m no começo da trilha e termina em aproximados 1200m, essa variação pode causar dor de cabeça e dor no estomago, tudo isso porque além de sair dos 4500 no começo a 1200 no final, a van que nos leva é a mesma que nos traz e quando termina o passeio ela retorna muito rápido para a altitude, eu particularmente passei muito mal cheguei a vomitar e ficar de cama pra não prejudicar o passeio do dia seguinte, fora isso o segundo agravante é a largura da pista que não é muito larga, uns três metros, pode acontecer de você escorregar e cair, seguindo o guia esse tipo de acidente é comum para os aventureiros que gostam de fazer vídeos radicais “ eu fui um deles”, mas não cai graças a Deus.

Nesse poste resolvi não indicar nenhuma agência devido ao grande número de opções na região de calle de las bruxas, o único conselho é procurar fazer com guias especializados e não correr o riscos nem ter problemas.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Huayna Potosí - Bolívia


Essa foi a verdadeira surpresa em meu roteiro, já havia realizado todos os passeios na Bolívia e era chegada a hora de deixar La paz e seguir para o Uyuni, mas não foi bem isso que aconteceu, nessa altura da viagem já sabia que não daria para fazer a subida do vulcão Vila rica no Chile, pois o mesmo havia entrado em erupção e a área estava isolada, sendo assim optei por subir o famoso Huayna Potosí em substituição dos três dias destinados a Pucon no chile, e sim o fiz.
É importantíssimo não confundir Huayna Potosí com a cidade de Potosí, a cidade fica ao sul da Bolívia e o pico fica ao norte de La Paz, bem pertinho da capital, já o grau de dificuldade desse passeio não é para todos, são três dias subindo a montanha e apreciando as mais ricas emoções que classifico de, incrível, fantástico e recomendável, e é dessa forma que tudo começa.

Dia 1
Procuramos a mesma agencia e solicitamos a realização do passeio, foi tudo muito rápido e no dia seguinte já estamos a caminho do majestoso pico, como era nosso último dia em La paz fechamos com o hostel e partimos para agencia, a dica é que a depender do hostel você pode pedir na recepção para ficarem com suas bagagens até o retorno da escalada, no meu caso, além do hostel ter ficado com uma parte da bagagem, também contei com os serviços da agencia que também se responsabilizou por nossos pertences, até porque somos orientados a levar apenas o necessário, por volta das 10:00h estamos a caminho de um dos mais altos picos das Américas. Nesse primeiro dia basicamente fizemos a climatização com o a neve e aprendemos praticas sobre atitudes técnicas de caminhar com Grampons e piolet, treinar quedas, escalada em encosta inclinada, deslocamento em terreno glacial, resgate, encordoamento, orientação e progresso no gelo, basicamente fizemos uma pratica do que seria necessário para chega até o cume e isso acontece a mais ou menos 2,5km do refúgio um em uma glacia de mesmo nome do pico, lugar lindo e surpreendente, tudo isso próximo do primeiro refúgio que fica a 4700m de altitude e a abeira da represa Zongo que nos oferece uma paisagem belíssima no pico Huayna Potosí, o frio é grande e a climatização nesse ponto é muito importante. (Existe pacote de 2 dias sem essa climatização, mas não aconselho caso não tenha experiência em subidas de pico dessa altitude).





















   

Dia 2
No segundo dia acordamos com tudo branco e cheio de neve, mas muita neve mesmo, tive um pouco de medo, a paisagem era bem inóspita e o guia já havia informado que se continuasse com tanta neve não poderíamos subir para o segundo refúgio a 5135m, a passagem da noite aqui só foi possível devido à grande quantidade de chá de coca e de comprimidos que ingeri, pois durante a madrugada passeio muito frio e a dor de cabeça era constante devido a altitude; por volta das 10:00h começamos fazer a caminhada para o segundo refúgio que fica mais ou menos a 3km de distância do primeiro refúgio e se depender do tempo começaremos hoje mesmo a subida até o cume.


Dia 3
Quando chegamos ao segundo refúgio o corpo e a mente só queriam descanso, mas a alma não, mesmo cansado o que mais queríamos era apreciar a paisagem que já era uma coisa de louco e deixava sempre um gostinho de quero mais, por volta das 00:00h acordamos para montagem dos equipamentos e começa a tão esperada subida até o cume, pra essa subida o tempo é de 6 horas caminhando sobre a neve que varia de 5 as 30 centímetros, a verdadeira dificuldade só é reconhecida quando você chega até aqui, os primeiros passos foram terríveis e até você se adaptar a caminha em neve de 5cm leva um tempo, já se pode ver alguns colegas desistindo antes mesmo da primeira investida, quando chegamos aos 5600 metros é visível o cansaço do grupo e eu ainda estava ali fraco e relutante, nesse ponto da subida são delimitadas áreas para descanso de 5 minutos, o vento é constante e a temperatura beiram os -10c, o que sei é que a única coisa que vejo na minha frente é a corda que me liga ao guia e as lanternas que ficam na cabeça dos colegas de escalada, nesse ponto a visibilidade é pouco e a dor de cabeça incomoda muito, quando passamos dos 5600 percebo um grupo pardo em minha frente, era mais dois que estavam perto de desistir, eu fui até os meus 5800, não sei exatamente se essa foi a altitude alcançada, segundo o guia sim, estava bom para um brasileiro litorâneo feito eu e que pouco estava acostumado com tanta altitude, sobre meu amigo ele ainda conseguiu chegar até os 5300m, ele passou muito mal e estava no primeiro grupo que desistiu, a volta para o refúgio é feita também por um guia e assim que todos voltarem do cume será iniciado o retorno para o refúgio um, onde lá estará a van que nos levara para La

























Uma das mais belas e irresistíveis experiências da minha vida .