quarta-feira, 13 de maio de 2015

Deserto do Atacama - Chile


              
Já faz algum tempo que saí de casa, já são passado onze dias e a aventura só está na metade, à civilização é outra e a passagem na fronteira da Bolívia com o Chile é no mínimo estranha, me senti em um daqueles filmes de guerra.
No décimo primeiro dia aqui estou eu, em um dos desertos mais áridos do mundo, deserto do Atacama, como é lindo, e caro! A sensação de estar aqui é de ter saído de um filme do indiana Jones, tudo aqui é muito simples e com cara de safári, o sol é de rachar e nosso desafio agora é encontra um lugar para ficar por mais três dias, depois de longas caminhadas, muito sol e tentativas frustradas de hospedagem, a opção agora é utilizar a internet gratuita da biblioteca da cidade para garimpar a melhor opção e garantir um bom preço, mas a internet só serviu para mostra que os preços estavam fora da nossa realidade e que ainda não era dessa vez que íamos descansar, nesse momento o responsável pela biblioteca nos adverte dizendo que faltam 15 minutos para o fechamento da mesma e que teríamos que sair do local, então decidimos andar mais um pouco e com sorte achamos um hostel indígena que ficava bem ali pertinho da biblioteca, e foi aqui que ficamos, com os pés cansados e uma necessidade louca de tomar banho, já era hora de descansar dos três últimos dias do Salar de Uyuni.


Dia 1
E assim começou a aventura no deserto do atacama, tivemos alguns problemas com a procura pelo hostel, mas no fim acabou tudo bem, o hostel é limpo, confortável e aconchegante e depois de tomar banho e descansar um pouco, “vamos para rua’’, um oásis chamado São Pedro de Atacama, com apenas uma rua principal não é tão difícil de logo se encontra nos mais diversos restaurantes e bares, todos localizados lá na discreta e internacional rua caracoles, é um pouco difícil de expressar em palavras a vontade louca de ficar de vez em São Pedro do Atacama, mas não dava pra ficar, eram apenas três dias e logo seguiríamos o fluxo. Não foi difícil procurar agências nem qualquer outro tipo de informação referente aos passeios em são Pedro do atacama, tudo fica centralizado em caracoles ou arredores, basicamente você precisa estar com algum plano na cachola ou uma ideia do que gostaria de fazer e conhecer, eu já sabia exatamente o que queria fazer.
As primeiras horas no deserto foi bem tranquila, como já era de tarde procuramos um bom restaurante para comer bem e beber algo gelado e alcoólico, pois os últimos três dias no salar de Uyuni não foram lá essas coisas, e depois de procurarmos um pouco escolhemos uma entre as inúmeras opções restaurantes, pronto, era chegada a hora de comer, beber e apreciar o melhor da cozinha chilena; de entrada eles serviram pão, acompanhado de saboroso vinagrete, cerveja bem gelada e pisco, e assim foi passando o tempo, comendo, conversando, comendo e comendo... , ao final dos comes e bebes aproveitamos para caminhar um pouco e pesquisar sobre os passeios, eu já sabia que os preços no Atacama eram bem salgados, mas que todo lugar tem uma segunda opção, principalmente se os viajantes forem mochileiros, e foi assim que encontramos um casal francês que nos deu mais ou menos uma ideia do que seria trocar os passeios em um carro super confortável e com ar condicionado, por uma bicicleta e o sol forte do deserto do Atacama, a economia era absurda, cerca de 60%, mas o calor e o esforço físico também, mas isso pouco importava, já tínhamos passado por coisa pior há alguns dias, Como assim coisa pior? Lembram do post da Bolívia? Pois é! Mais ou menos pior. Depois de fechar com a agência e deixa tudo certo para dia seguinte, voltamos para hostel e decidimos descansar para aproveitar melhor a noite do deserto.

Dia 2
No segundo dia levantamos cedo, tomamos um café bem reforçado e partimos para pega nossas bicicletas, essas que seriam nossas companheiras nas próximas 12 horas, no ato da contratação das bikes eles te entregam um mapa com as possíveis trilhas a seguir, essas variam de 5, 8, 12 e 24 km, isso mesmo, percurso de ida e volta com média de 48 km, mas já que tínhamos pago para ver, vamos ver. Seguimos a trilha e já ali perto nos 5 primeiros km existem um parque indígena que se paga um determinado valor para fazer uma visita que dura em média 40 minutos, depois partimos para uma subida íngreme de mais ou menos uns 2 km, essa trilha nos leva até um túnel utilizado como refúgio na guerra e o tempo todo somos escoltados por cachorros nativos que fazem questão de nos mostra os caminho, um show aparte, aprecem ser treinado pra isso, a vista é linda e as fotos são inúmeras, mas era chegada a hora de seguir, pois ainda restava muita coisa pra conhecer, e entre km e pedaladas seguimos a sequência do mapa: Túnel, Pukara de Quitor, queda del diablo( garganta ou quebrada, são inúmeras as interpretações),Valle de la Muerte, Valle de la Luna e seus mirantes.

As paisagens são de tirar o fôlego, sou suspeito para falar, um louco como eu, apaixonado e deslumbrado por aventuras, fiquei como criança em parque de diversão, os cachorros que nos acompanhavam eram lindos, grandões e dóceis, a lias, é comum encontrar cachorros grandões no deserto do Atacama, eles estão por toda parte e rendem umas brincadeiras pelo percurso, depois do Túnel e das ruinas de Pukara de Quito, entramos na trilha da Queda del diablo, como já havia falado existem várias interpretações para esse lugar e garanto que você também vai ter a sua. 

Nessa trilha pedalamos uns 40 minutos e não encontramos o final, daí decidimos retorna e seguir o resto do passeio, e já no sol do meio dia chegamos ao vale de lá morte, sem palavras, um lugar digno de oásis, lindo, 30 minutos é o suficiente para tirar todas as fotos possíveis e apreciar sua beleza do vale, era chega a hora de seguir pedalando e dessa vez até o vale de la Luna, quando chegamos na portaria pagamos uma taxa para o acesso e ali mesmo compras agua e fazemos um lanche, o lugar é bem aconchegante e depois de pagar a taxa de acesso o guia te entrega um mapa e te orienta a entender melhor o passeio dentro da reserva, bom, nesse momento já passava das 13:30 e o sol estava bem alto, mas não podíamos desanimar e a cada parada as fotos saiam mais perfeitas, tudo muito lindo e inacreditável, tudo que havia ouvido falar desse lugar agora era realidade de ante dos meus olhos e era só aproveita, uma dica é leva bastante agua, pois a volta não é tão fácil como parece e o preço da agua na portaria é muito alto, lá pelas 17:00 horas começamos a volta pra são Pedro, em pedaladas curtas e já sem agua, confesso que o retorno foi difícil e desgastante, mas conseguimos, já não aguentava mais o acento da bicicleta, todos os meus membros de baixo estavam doloridos e eu só queria banho, e dessa forma chegamos no hostel por volta das 18:00, era chegada hora de descansar pro dia seguinte.
Dia 3
No terceiro dia acordamos com o corpo um pouco dolorido da bike do dia anterior, a final de contas foram quase 12 horas de pedalada e sol forte, mas mesmo assim estávamos rejuvenescidos para mais uma aventura e dessa vez optamos por fazer o famoso tur astronômico, esse tur é bem conhecido em são Pedro do Atacama, não é de hoje que se sabe que a região do Atacama é o melhor lugar do mundo para se avista os astros, e na tentativa de economiza fechamos esse passeio com uma agencia que não oferece o passeio original ou que não segue arisca e nem tem equipamentos para isso, nesse caso fica a dica, se for fazer faça com a SPACE, é a única credenciada e a única que realmente utiliza os telescópios dignos para avista as estrelas, nosso passeio foi um fiascos, ainda bem que teve umas bebidas pra encanar o povo, fiquei muito chateado, mas essa era nossa última noite em são Pedro e eu não queria perde o ritmo, então viva o Atacama.


Dia 4
No quarto dia era chagada a hora se seguir viagem, tínhamos passagens garantidas no confortável ônibus da empresa “Tur- bus” que nos levaria para Santiago em uma viagem de 24 horas e que mais uma vez serviria de hotel para descansar, a dica é comprar as passagens no dia que chegar em são Pedro, não deixe em hipótese alguma para adquiri as passagens no mesmo dia que for seguir viagem, isso pode atrapalhar seus planos e você pode não encontra passagem pro mesmo dia. A principal dica em são Pedro é que se você quiser economizar uma grana com alimentação e bebidas, vale ressaltar que os mercados da região vendem as mesmas mercadorias consumidas nos restaurante e bares pela metade do preço, portanto se você fica em uma estrutura boa de hostel vai pode usufruir desse benefício.




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